Com quem Eliza (Marina Ruy Barbosa),deve ficar em Totalmente Demais?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Atriz de 'Araguaia' se arrisca na comédia e acha o drama mais fácil

Quando surgiu o convite para trabalhar em Araguaia, Raquel Villar sentiu que dar vida à brejeira Esmeralda poderia ser a chance de viver um personagem mais leve e descontraído, algo bem diferente de seus dois primeiros papéis na TV. "Parece estranho, acho drama bem mais fácil de fazer. Já estava acostumada a lidar com os traumas da Victória e os problemas familiares da Glória", destacou a atriz, referindo-se às suas personagens nas novelas Duas Caras, exibida em 2007, e Cama de Gato, de 2009. Para dar conta do trabalho atual, Raquel teve de exercitar seu lado cômico e se deixar levar pelas brincadeiras e confusões juvenis em que Esmeralda se mete, sempre na companhia das irmãs Ametista e Safira, interpretadas por Nanda Lisboa e Cinara Leal, respectivamente. Juntas, as três formam um trio chamado como as "Jóias Preciosas do Araguaia". "Elas são guias turísticas da região. A sensualidade e simpatia delas fazem sucesso com os clientes da agência de turismo do Fred, personagem do Rafael Viana. Elas mostram o Araguaia e são uma atração à parte", definiu.

A novela, escrita por Walther Negrão e dirigida por Marcos Schechtman, se passa em uma pequena cidade às margens do Rio Araguaia. Na trama, Esmeralda é a irmã mais nova e mais centrada. Enquanto as outras duas só pensam em farras e romances, a jovem se revela madura e age como uma espécie de líder do trio. "Ela não deixa de se divertir. Mas acaba ajudando mais em casa, pensando mais nas consequências", ressaltou. O trabalho de composição da personagem começou em junho deste ano. Raquel frequentou o "workshop" promovido pela emissora e, junto com os outros atores, estudou a região, os costumes e a culinária local. "Nunca tive uma preparação assim. No começo foi meio assustador, era muita informação", contou aos risos.

O próximo passo para achar o ponto certo da atuação foi mais intenso. O elenco e produção da novela ficaram um mês gravando cenas nas cidades de Pirenopólis, no estado de Goiás, e em São Félix do Araguaia, interior do Mato Grosso. "A gente gravava todos os dias. Acordava às 4 da manhã. Tudo para gravar com o sol nascendo", relatou. Foi a primeiro contato da atriz com a natureza selvagem do Centro-Oeste brasileiro. Para Raquel o cotidiano no interior era um misto de curiosidade e medo, em meio a banhos de rio e avisos sobre os animais da região. "No início, ganhamos uma cartilha dizendo que no rio tinha jacaré, piranha e arraia. Ficava meio nervosa quando entrava na água, mas depois relaxei e já estava me sentindo meio local", confessou. O animal que mais impressionou a atriz em sua estadia no Araguaia foi o tuiuiú, ave símbolo da região, que pode chegar até 1,4 metros de comprimento. "Me apaixonei por ele. Nunca vi um animal daquele. Quando voava, parecia um dinossauro", empolgou-se.

Além das aventuras com os animais, a rotina de Raquel incluía aulas de como pilotar jet ski, lanchas e barcos de pequeno porte, acessórios indispensáveis no trabalho da personagem. "Descobri que adoro velocidade. Tive de tirar habilitação e agora já posso pilotar todas essas coisas aquáticas", divertiu-se a atriz que, ao perceber o lado aventureiro e bem-humorado do papel, resolveu mudar de visual e clareou os cabelos cacheados. "Acho que combinou. Ficou uma coisa bem solar", acreditou. Esta não foi a única mudança na vida de Raquel. Por uma questão de sonoridade, ela trocou seu sobrenome artístico de Fuína para Villar. O novo sobrenome é uma homenagem ao avô Léo Villar e uma forma de evitar as confusões e brincadeiras que perseguiam a atriz. "Desde pequena, todo mundo confunde. Me chamam de Fiuna, Fuinha, Funa. Acho que agora ficou mais elegante", comparou.

Estreia polêmica

A carreira de Raquel Villar na televisão começou de maneira conturbada. Dona de uma beleza provocante, aos 20 anos ela foi escolhida pelo diretor Wolf Maia para interpretar Victória, dançarina da Uisqueria Cincinatti, ponto de encontro do elenco masculino de Duas Caras, do autor Aguinaldo Silva. Na época, a rede Globo sofreu um processo de reclassificação da trama, promovida pelo Ministério Público. Tudo por conta da temática violenta da novela e das performances sensuais das dançarinas, entre elas, Alzira, papel de Flávia Alessandra. A solução encontrada pela emissora foi explodir o local. "Foi uma boa experiência. As cenas eram bem difíceis de fazer", admitiu. O desempenho no folhetim e a semelhança física com a atriz Camila Pitanga renderam a Raquel o segundo papel, a inocente Glória de Cama de Gato, escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes. "Eu fazia a filha da Rose, papel da Camila. Era uma personagem forte, que cresceu bastante na história", lembrou. Foi por causa desse trabalho que Raquel chamou atenção do diretor Marcos Schechtman. Assim que a novela terminou, a atriz foi chamada para um teste e logo depois surgiu o convite oficial para integrar o elenco de Araguaia. Em seu terceiro trabalho na TV, ela ainda se sente insegura. Por isso, não para de estudar e planeja sua estreia no teatro. "Já comecei a ler alguns textos. Quero fazer algo especial", enfatizou.

Instantâneas

# Raquel Villar sempre quis ser atriz, mas seu primeiro trabalho foi como modelo, aos 13 anos de idade.

# Em Duas Caras, Raquel estava cotada para interpretar a personagem Andréa Bijou, que acabou ficando com a atriz Débora Nascimento.

# Um dos objetivos profissionais de Raquel é fazer um musical no teatro. Mas antes das aulas de canto, ela achou necessário fazer sessões de fonoaudiologia para educar a voz.

# Apesar do entrosamento demonstrado em Araguaia, Raquel conheceu as atrizes Cinara Leal e Nanda Lisboa pouco antes do início das gravações da novela.

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